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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Cachorro


Em 2007, se não tiver enganado, na festa de casamento da minha irmã, meu pai já melado de álcool se interessou em um doguinho, rabo seco, vira-lata legítimo, que estava perambulando pelas mesas em busca de petiscos.

Ao pedi-lo para o dono deste doguinho cabeçudo e magricelo, o mesmo, recebeu um não como resposta. Então iniciou-se um processo de negociação de compra e venda mais acirrado que o mercado de ações da IBOVESPA.

Meu pai ofereceu R$ 10, o cara não quis. Ofereceu R$ 20, novamente negativado pelo dono. R$ 30, uma leve balançada. E por fim R$ 40, esse foi o preço que conseguiu adentrar no coração de pedra do então dono do doguinho.

Eu não vi essa negociação, neste dia eu fui para o churrasco da festa de casamento de minha irmã a tarde e logo fui embora pois a noite eu tinha pelada na Quadra da Escola Municipal Simões Filho.

Ao chegar em casa eu vi aquele rabo seco correndo em círculos e fiquei meio sem entender, foi então que me explicaram. Na época eu estava meio triste pela morte de um outro cachorro carniça que eu tinha que foi atropelado por um descuido de deixarem o portão da casa aberto e o safado tirou para o mundo para nunca mais voltar.

Eu tinha bastante fotos dele nessa época tomadas de um poderoso Sony Ericson k310i, mas, todas se perderam num bug do Windows XP que eu tinha em meu desktop...

Pois bem, dando sequência. O puto era danado, no primeiro dia aprendeu a dar a volta na casa, era só colocar o bandido para fora de um lado que o safado entrava pelo outro. Logo de início já vi que ele era um cachorro diferenciado.

Como sempre o primeiro ritual ao adquirir um cachorro é a escolha do nome, e aqui não foi diferente. Queriam leão, queriam lion, king, etc... Foi cada tentativa bizarra mas, ele nunca atendeu, parecia que ele tinha uma espécie de demência. Mas, como eu falei, na época eu estava triste pela morte recente de meu outro amigo de quatro patas, mas, em um flash de atenção que eu dei a este novo integrante da família lhe batizei de GONZAGA. Sim GONZAGA, o safado tinha cara de Gonzaga, jeito de Gonzaga, não caberia a ele outro nome se não fosse Gonzaga e acreditem, ele atendeu rapidamente por este nome, não foram 3 dias para ele se situar que ao falarem Gonzaga, era com ele.

O interessante que o comportamento traquino e inteligente deste cachorro foi me chamando atenção e quando fui perceber o puto já era meu companheiro diário.

Aqui em casa, nenhum cachorro passava dos três anos, sempre rolava umas paradas bizarras, normalmente era um atropelamento. Mas, o Lorde Gonzaga (para os íntimos apenas Gonzaga, no RG era Carlos Gabriel Gonzaga) era muleque piranha, três anos para ele não eram nada. Se dessem um carro ele fazia era dirigir.

Brincadeiras a parte, o cara era um tanque de guerra no quesito saúde. Não lembro dele adoecendo uma vez sequer. Minha mãe em uma época pegou mais dois cachorros, ambos morreram no intervalo de tempo padrão da casa, mas, o safado ali duro, bagunceiro, moleque, cachaceiro, pinguço, putanheiro, etc.

O tempo de convivência foi muito grande, porém muito pouco. Lembro em 2012, devido a um acidente de moto que sofri em 2011, iniciei as fisioterapias e eu ia para a parada de bus numa perna só a base de muletas, ele me acompanhava e faltava entrar no ônibus comigo, e ai de quem tentasse encostar em mim na parada. O cara era um molenga na arte de briga canina, ele era gente boa, mas, ao perceber minha situação debilitada do momento se tornou na fera mais braba desse planeta.

Independente do tempo que passasse fora, quando eu chegava ele me recebia com uma alegria da porra, eu o via sorrir e não é mentira. Porém uma vez, ainda em 2012, cheguei em casa e lá estava ele enrolado em uns panos deitado em uma cadeira de espaguete, fui lá falar com ele e só o rabinho balançou. Eram três furos grandes no pescoço, que no dia seguinte o veterinário confirmou que foram 3 facadas. Já senti raiva, mas, nesse dia a minha vontade foi pegar um três oitão que eu tinha no guarda-roupa e ir atrás do vagabundo que fez isso com meu amigo. Mas, me controlei, e o veterinário também informou que somente uma das facadas era profunda as demais eram superficiais. Por sorte o puto era um obeso e tinha um tecido adiposo considerável e mesmo a facada profunda não tinha atingido nenhum órgão vital.

O tempo foi passando quando em 2015, o karma que atingia os doguinhos vira-latas dessa residência atingiu o cachorro mais vagabundo do planeta. Eu tinha acabado de chegar em casa, quando meu sobrinho entra gritando e chorando avisando que meu amigo velho tinha sido atropelado. Rapidamente fui até onde ele, e fiquei lá sentado, porém, quando meu nego velho fez força para colocar a cabeça em cima da minha mão, eu vi que não era a hora dele e então o levamos para o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí. Após algumas radiografias, ele ficou internado de observação, pois ele não estava movimentando as quatro patas, tudo indicava que ele ficaria tetraplégico.


Mas, eu falei, o sem vergonha era um tanque de guerra no quesito saúde. E após uma semana (eu saía da aula para ir vê-lo) o pilantra teve alta. Porém, ainda sem conseguir se movimentar. No HVU falaram que provavelmente ele estava com uma parada que esqueci o nome no cérebro, que deve ter sido gerado pelo fato do atropelamento e possivelmente ele ter batido a cabeça fortemente no chão.

No entanto, o diferencial do cretino era demais, e em pouco mais de um mês, ele iniciou a luta para voltar a andar. Primeiro conseguindo levantar a cabeça, depois ficar sentado cambaleante e por fim os primeiros passinhos de um cachorro safado. O interessante é que na primeira vez que ele conseguiu andar, o quengo entrou em meu quarto tipo para avisar: Olha aí mano, voltei!!!...

Relevem essa vozinha fina no final, era a forma usada para se comunicar com meu amigo.

E três meses após, Gonzaga já fazia novamente a dancinha da comida.


Gonzagão da Massa era tão conhecido no bairro, mas, tão, que certa vez ele estava em um de seus passeios na rua (pense num cachorro rueiro), e eu o chamo, ele vem todo com a cabeça torta (sequela que ficou pós atropelamento) e passava na hora um menino e sua mãe, quando o menino solta: Olha mãe é aqui que o Gonzaga mora...

Por falar em rueiro, diversas vezes o safado sumia por 2 ou 3 dias. Era só ir atrás que encontrava o bandido enrabichado por uma fêmea apta ao acasalamento. No entanto, ano passado ele já com seus 12 anos de idade sumiu por 15 dias. Eu morando em Recife estava para ficar doido querendo vir para Teresina para procurar meu amigo. Já tínhamos dado ele como morto, quando o idoso aparece em casa como nada se nada tivesse acontecido, extremamente cansado, aparentando ter vindo de bem longe.


Essa seria a última aventura do cachorro mais safado do mundo. Pois após seu retorno, ele ficou receoso de sair de casa. Antes uma brecha de um milímetro no portão era suficiente para ele atravessar feito um foguete levando quem estivesse na frente, depois disso ele via o portão aberto e não fazia questão de sair. Pode ter sido trauma de algo que aconteceu nesses dias sumido, mas, pode ter sido somente um fator: A idade.

O tempo. O tempo é algo que não para, e é algo crucial, faz o dinheiro perder valor, faz o investimento ganhar valor. Velocidade x Tempo nos dá aceleração e eu nem sei o porquê escrevi isso aqui. Mas, nada escapa do tempo, e meu amigo não escapou.

2020, Gonzaga já não saía mais para longe de casa, já passava maior parte do tempo deitado, mas, isso não o impedia de quando eu estar em Teresina ele tá na cola. Porém umas feridas estranhas apareceram nele, e o diagnóstico foi CALAZAR (Leishmaniose Visceral), duas opções podiam ser tomadas: Sacrifício ou Tratamento Caro. Sem pensar a segunda opção foi escolhida. O diagnóstico do Calazar foi dado em Maio, e logo ele começou o tratamento, porém, com a idade, aquela saúde de ferro que o SRD mais pilantra da face da Terra não era mais a mesma. Logo ele já tinha 13 anos completos, para um cachorro isso é tempo demais, mas, sabendo como nosso cachorro era diferenciado, sempre ficávamos na expectativa que ele ia sustentar mais um tempo. Porém junto do calazar, a idade trouxe um problema na próstata do safado e um inchaço nas quatro patas indicava outra enfermidade. Mesmo assim, acreditávamos na sua recuperação.

Mas, a recuperação não veio. E agora 14/10/2020 meu amigo veio a falecer... Eu não estava em Teresina, tinha ido resolver umas pendências em Recife, mas, uns 4 dias antes eu tinha falado com ele, mesmo sem acreditar nessas coisas, pedi para ele se segurar até eu viajar, pois eu não ia aguentar ver ele indo embora. Dia 12/10/2020 eu viajei, dia 14/10/2020 recebo a mensagem que ele tinha morrido.

A morte de um animal de estimação afeta muito a gente, principalmente quando você é muito apegado. Logo era comum ele entrar no meu quarto e ficar aqui comigo, sendo que ele era normalmente proibido de entrar em casa, mas, passava 90% do dia dentro, pois entrava escondido e fazia sua presença desaparecer (rsrs)... Muitas e muitas vezes eu acordava de manhã sentindo aquela presença, quando me virara ele estava me encarando no pé da cama. Gonzaga virou um companheiro diário e literalmente não saia dos meus pés durante esses anos e vou guardar essas lembranças com meu cachorro para sempre.

...








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domingo, 6 de setembro de 2020

Minha experiêcia com o Mestrado


O Mestrado Acadêmico ou simplesmente Mestrado, é um curso stricto sensu que torna mais profundo o aprendizado da graduação. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre um tema de interesse acadêmico e estimular a reflexão teórica. É voltado, em princípio, para quem pretende crescer no circuito acadêmico, como professor ou pesquisador. Mas nada impede que quem atua no mercado encontre no mestrado acadêmico meios de adquirir e aprimorar competências relevantes para o exercício da profissão. Só depende do conteúdo e do enfoque do curso (Guia do Estudante).

Após essa definição de Mestrado, vamos falar do meu Mestrado.

Pois bem, quando iniciei a graduação o mercado de trabalho estava a todo vapor para as áreas de Engenharia, até mesmo para a minha que é bem desconhecida por grande parte da população: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura.

Porém, com o passar dos primeiros semestres, a coisa foi mudando de rumo, as notícias começaram a não animar e o resultado era de muitos profissionais formados e pouca oportunidade de emprego.

Assim, vendo essa situação alarmante, lá pelo meu quarto ou quinto período eu decidi que queria fazer mestrado, mesmo sem saber quase nada do que seria um mestrado, porém sabia que com um mestrado eu poderia ser professor e isso para mim era bastante interessante.

Foi aí que em 2016, ano em que viria a me formar, decidi prestar o Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação da Universidade Federal de Pernambuco, devido ao fato de ter alguns professores meus oriundos desse programa.

Então, para a seleção do mestrado de antemão são necessários algumas coisas dentre elas um Pré-projeto que no caso eu não tinha e nem fazia ideia do que fazer. Eis então que no Edital de Seleção, tinham as linhas de pesquisas e os emails dos professores para caso quisesse entrar em contato, e assim eu fiz, prontamente fui respondido e fiz o projeto de acordo com a ideia que me foi dada por este email.

Feito o projeto e enviado três cópias via sedex juntamente a outros documentos, me preparei para a apresentação de defesa de pré-projeto que ocorreria via SKYPE, pois, como sou de Teresina-PI e o Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE (onde fica localizado o Departamento de Cartografia e o PPGCGTG) fica em Recife-PE, tinha essa opção de defender por videochamada.

Realizada a defesa de videochamada, agora era só aguardar o resultado, e ele veio. NÃO PASSEI!!!

Aquela sensação de garganta seca ficou comigo umas duas semanas, mas, eu não podia parar, pois ainda estava no último período da graduação.

Deste modo, me formei e entrei para as estatísticas do governo, aquela lá dos desempregados.

Então vem o ano de 2017, posso afirmar que foi um dos piores anos de minha vida, e novamente faço a seleção do mestrado do PPGCGTG. Como eu falei, estava tudo meio conturbado em 2017 e justamente na época da defesa é que o negócio estava ruim mesmo, e fui pessimamente na defesa de pré-projeto, e novamente NÃO PASSEI!!. Detalhe que era o mesmo que eu tinha tentado no ano anterior.

Interessante é que em 2016, eu fui bem na defesa, porém meu currículo acadêmico era uma porcaria, em 2017 dei um UP no currículo e torei brita na defesa.

Sem chão, eu já não pensava mais em mestrado e começava a ver o que planejar para o ano de 2018, pois iria caçar alguma atividade para realizar.

Foi aí que o ano de 2018 chegou, e na tarde de 23 de Fevereiro recebo um email:


Eu não falei, mas, na seleção de 2017, eu não passei porém fiquei 2 posições após o número de vagas. O universo conspirou e duas pessoas não se matricularam fazendo com que eu entrasse no Programa.

Acho que para mim, as coisas tem que ser difíceis mesmo, no vestibular para "Engenharia de Agrimensura" (já expliquei em outra postagem que quando prestei vestibular o curso tinha apenas esse título) passei em último e no mestrado só não fui o último pois ainda houveram uma ou duas chamadas após a minha.

Respondi o email confirmando o interesse, porém, as aulas já iriam iniciar em março, então tive que correr atrás de lugar para ficar em Recife, eu não tenho nenhum parente em Recife, consegui um quartinho alugado pela OLX no Bairro IPSEP, fui sem nem sequer ver o quarto pessoalmente, fechei os olhos e encarei a parada. Nunca tinha viajado para tão longe de casa e sozinho me mudei para Recife com a cara e a coragem.

Os primeiros dias em Recife eu literalmente tomei um choque de cultura, Teresina comparada a Recife ainda é uma cidade muito pequena. Mas, nada era pior do que não conhecer ninguém na cidade. Porém no primeiro dia de aula, já encontrei uma conhecida de Teresina, e ainda tinham outras pessoas de Teresina na minha mesma turma, no entanto, eu não conhecia nenhum deles mas, isso foi um alívio pois rapidamente fiz amizade com os mesmos.

Deixando a melosidade vamos ao Mestrado. O que fiz é composto por alguns itens obrigatórios para se formar dentre eles estão:

  • 24 créditos integralizados, sendo 12 com disciplinas obrigatórias e 12 com disciplinas optativas;
  • Defesa de Projeto;
  • Defesa de Qualificação;
  • Defesa de Dissertação.

No quesito créditos consegui integralizar todos no primeiro ano, os obrigatórios foram com as disciplinas: Geodésia, Cartográfia e Estatística Aplicada as Ciências Geodésicas. Já os optativos: Teoria dos Erros, Metodologia da Pesquisa e Levantamentos Geodésicos. Ainda paguei mais uma disciplina optativa em 2019: Tópicos Especiais em Geodésia Celeste.

Turma de Levantamentos Geodésicos.

No primeiro ano, o recomendável, é que além dos créditos o mestrando defenda seu projeto, porém, eu já citei que as paradas para minha pessoa costumam ser um pouco mais difíceis. Pelo fato de eu ter sido selecionado após a primeira chamada, em que os orientadores pegam seus orientandos, acabou que fiquei sem orientador, pois o professor que idealizou o meu projeto já estava "cheio" de orientandos. Assim, o programa me colocou com o Prof. Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça. E quem saiu ganhando foi eu. Deste modo, mesmo iniciando outro projeto do zero consegui defender o mesmo em Dezembro de 2018.

Defesa de Projeto.

O ano de 2019 foi dedicado a escrita da dissertação, embora eu tenha pego uma disciplina, e a realização da parte prática da mesma. O universo conspirou muito a meu favor nesse mestrado, primeiro na aprovação depois na orientação, esta eu irei explicar.

Primeiro que eu não conhecia o meu orientador e o projeto que ele elaborou simplesmente atendia a tudo que eu gosto da minha área, apenas teria que aprender um pouco mais afundo sobre Fotogrametria Digital que de tudo que ele sugeriu para a nossa dissertação, era o que eu menos dominava.

Minha dissertação envolveu métodos de levantamentos clássicos e modernos, com isso, tive que ir ao "campo" várias vezes:

Posicionamento por GNSS.

Mais detalhes serão dados sobre as partes práticas quando a dissertação for publicada no site da biblioteca da UFPE, pois aguardo isso para fazer uma publicação aqui sobre a mesma.

Após concluída toda a parte de campo, em Dezembro de 2019 realizei a Qualificação da Dissertação, sendo a penúltima parte de toda essa empreitada.

Qualificação da Dissertação.

Para finalizar essa Quest só restava a Defesa da Dissertação, e esta ocorreu no dia 20 de Fevereiro de 2020.




Ciclos, tem uns ciclos diferenciados, tem ciclos de asteroides* para ficar com o bração, ciclo de Krebs, ciclo de cori... . Hoje eu encerrei dois ciclos, um ciclo é o do Mestrado o outro é o dessa camisa social que tenho desde 2016... . Nesta tarde defendi minha dissertação de mestrado, finalizando mais uma etapa nessa minha corrida dentro dessa nave louca... Salve salve tripulantes... . Só tenho a agradecer ao Programa de Pós-graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação da UFPE, ao meu orientador Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça, a minha coorientadora Dr.ª Andréa de Seixas, aos meus pais, a minha Nega Nega (@lismarianec) por tá ao meu lado todo o tempo, aos amigos que formei aqui, ou seja, a todos aqueles que de alguma forma participaram desta etapa em minha vida.
Uma publicação compartilhada por Deniezio Gomes (@deniezio) em
Defesa de Dissertação.

Terminei o Mestrado dentro dos 2 anos, sem prorrogação. Nele aprendi bastante coisa e fiz bastantes amigos.
 
Vale ressaltar que de maio de 2019 a fevereiro de 2020 fui bolsista pela CAPES e essa ajuda financeira foi de grande valia tanto para me manter em Recife como para a execução do Mestrado. E por ser bolsista tive que realizar o Estágio de Docência, neste ministrei a Disciplina de Cartografia Aplicada a Oceanografia para a turma do Curso de Oceanografia da UFPE. Tendo assim minha primeira experiência real com a sala de aula na função de professor no período 2019.2.

Hoje encontro-me em Teresina novamente, agora estudando para um Concurso de Professor Efetivo da UFPI e se tudo correr bem espero mais essa aprovação.

Para finalizar essa postagem, a única coisa que posso dizer é: Prazer...

Deniezio Gomes
Engenheiro Cartografo e Agrimensor
Mestre em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação

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terça-feira, 18 de agosto de 2020

SÓ PARA GÊNIOS!! - Consegue resolver esse problema matemático?


Salve salve tripulantes dessa nave louca, blz?
Estava a navegar pelo aplicativo de mensagens mais usado no Brasil, quando me deparo com essa questão aqui:


Então resolvi criar esse vídeo para demonstrar para vocês a solução.


Sei que muitos não irão assistir o vídeo, por isso irei explicar a solução aqui.

Para responder essa bagaça aí, inicialmente vamos dar "nomes aos bois", ou seja, vamos atribuir coeficientes a essas incógnitas. Que para o caso, eu chamei de A, B, C e D cada espaço vazio.


Agora fica mais fácil de trabalhar, tendo em vista que agora é possível montarmos 4 sistemas de equações:

A + B = 8 (1)
A + C = 13 (2)
B + D = 8 (3)
C - D = 6 (4)

Dando sequência, vamos agora somar as equações (1) e (2):

2A + B + C = 21 (5)

Agora somando as equações (3) e (4):

B + C = 14 (6)

Percebam que podemos substituir a equação (6) na equação (5), assim:

2A + 14 = 21
2A = 21 - 14
A = 7
A=3,5

Com o valor da incógnita A determinada podemos determinar facilmente B e C, pois, basta substituir o valor de A em nas equações (1) e (2):

3,5 + B = 8
B = 8 - 3,5
B = 4,5

3,5 + C = 13
C = 13 - 3,5
C = 9,5

Por fim, o valor de D. Basta substituir o valor encontrado para B na equação (3) ou C na equação (4).

4,5 + D = 8
D = 8 - 4,5
D = 3,5

9,5 - D = 6
-D = 6 - 9,5
-D = -3,5 (*-1)
D = 3,5


Com isso, determinamos os valores das incógnitas solucionando o problema matemático.

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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Descubra os Algarismos - Você Consegue Resolver?


Salve salve tripulantes dessa nave louca que encontra-se em quarentena*, blz?... Estamos aqui de novo, para a solução de mais uma imagem polêmica que está rodando as redes sociais.

A imagem de hoje realmente tem o nível hard, quando comparada com as imagens anteriores. Mas, aqui não existe isso, então vamos a solução.


Beleza, embora eu tenha dito que a questão era hard, a solução é bem simples. Pois, basta analisarmos que temos uma uma adição, em que os números foram substituídos por bolinhas coloridas e temos que determinar quais números são estes.

Então para tal, bastar ter uma pequena noção de lógica e conhecimento da operação adição. Pois vamos lá, inicialmente vamos desvendar qual é o número que a bolinha verde representa, pois este é a unidade desta nossa soma, e como sabemos iniciamos toda e qualquer adição, de dois ou mais números, pela direita. E a partir disto descobriremos os demais.

Percebam que a soma das três bolinhas verdes, resulta em uma bolinha verde, sabendo disso temos duas opções:

0 + 0 + 0 = 0 ou 5 + 5 + 5 = 15

Por eliminação, a bolinha verde não pode ser igual a zero. Pois, se a bolinha verde for zero, a bolinha amarela também deveria ser zero, e em consequência disso, todas as demais bolinhas coloridas seriam iguais a zero.

Só que, na própria imagem temos dito que: "Cada cor é um dígito diferente"...

Assim, deixa-se claro que as bolinhas possuem valores diferentes dependendo de sua cor. Assim, nos sobra o valor 5, e este é o valor da bolinha verde.


Pois bem, em consequência direta de determinarmos o valor da bolinha verde encontramos o valor da bolinha amarela.

Veja como, a soma de três bolinhas amarelas o resultado é uma bolinha verde que vale 5. Se pegarmos os números de 0 a 9 (eliminando o 5) e somarmos por três vezes:

0 + 0 + 0 = 0
1 + 1 + 1 = 3
2 + 2 + 2 = 6
3 + 3 + 3 = 9
4 + 4 + 4 = 12
5 + 5 + 5 = 15
6 + 6 + 6 = 18
7 + 7 + 7 = 21
8 + 8 + 8 = 24
9 + 9 + 9 = 27

O zero não pode ser, pois o resultado é um número inteiro positivo, assim nos sobra o número 1, pois acima de 1 as somas passam de 5.

Aí vocês devem estar a se perguntar, mas, Deniezio, seu alto, forte, bonito e sedutor... 1 + 1 + 1 = 3 como que o resultado vai dá 5?

Vejamos:


Como trata-se de uma adição, significa que na adição anterior, das bolinhas vermelhas, o valor resultante tinha dois dígitos e esse digito foi somado ao resultado de 1 + 1 + 1 = 3, resultando em 5.

Então, qual número que somado a 3 temos o resultado igual a 5? Este número é o 2. Assim:


Agora que achamos o valor da bolinha amarela, automaticamente achamos o valor da bolinha vermelha. Como?

O resultado da soma de 3 bolinhas vermelhas é um número terminado em 1. Voltemos as somas dos números de 0 a 9 e qual é o único número que temos o 1 no final do resultado? O número 7. Pois 7 + 7 + 7 = 21.

Pêêêêrcebam*, nem precisava todo esse raciocínio, sabendo que a soma das três bolinhas vermelhas o número que ficou foi o 1 e o que foi somado as bolinhas amarelas foi o 2, logicamente o número resultante da soma das bolinhas vermelhas foi 21 e como são 3 bolinhas vermelhas, sabemos que 7 + 7 + 7 = 21. Desta forma:


Agora só nos resta o valor da bolinha azul, e este é bem fácil de ser determinado. Pois, temos que:

1 + bolinha azul + bolinha azul + bolinha azul = 7
1 + 3 * bolinha azul = 7
3 * bolinha azul = 7 - 1
3 * bolinha azul = 6
bolinha azul = 6 / 3
bolinha azul = 2

Assim:


Dessa forma, determinamos os valores de cada bolinha e solucionamos a questão.

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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Solução da Equação da Bruxinha


Salve salve tripulantes dessa nave louca... Beleza?...

Estamos aqui de novo para mais uma solução de uma imagem polêmica que está rodando as redes sociais. A imagem envolve uma série de equações em que os números são substituídos por figurinhas cut-cuts, como uma bruxinha, sua vassoura e sua varinha mágica.

Pois bem, vamos a solução.

Olhemos a imagem:


Vamos chamar a bruxinha de B, a varinha de V e a vassoura de v.

Com isso, na primeira equação temos que:

3*B=45
B=45/3
B=15

Já na segunda equação temos que:

3*V=21
V=21/3
V=7

Na terceira equação, temos uma pegadinha, vamos dar um zoom para ficar mais fácil de ver essa pegadinha:


Ao invés de termos 3 vassouras, temos 4. Com isso a equação fica:

4*v=12
v=12/4
v=3

Então, tendo os valores desses três elementos, podemos resolver a equação que é o objetivo desta imagem, correto? Errado!!

Temos mais uma pegadinha a analisar, alias, duas. A primeira:


A danada da bruxinha não está segurando nada, com isso o valor que essa bruxinha tem é diferente do que temos calculado.

Porém é bem simples achar o valor da necromantesinha*, pois temos o valor dela segurando os artefatos e os valores dos artefatos, com isso basta subtrair esses valores, ok?... Ok...

Pois vamos lá, chamando a bruxinha sem nada nas mãos de b:

b=15-7-3
b=5

Resolvendo esta pegadinha, vamos agora analisar a segunda pegadinha dessa equação:


Aqui temos duas varinhas sobrepostas, com isso a equação fica:

v+b*(2*V)

Substituindo os valores que temos:

3+5*(2*7)
3+5*14
3+70=73

Ou seja, a solução dessa imagem polêmica é 73.

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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Qual a idade do pai e qual a idade do filho?


Salve, salve tripulantes, beleza...

Nesses mais de 20 dias de quarentena, começamos a ficar sem ter o que fazer, pois, a casa está limpa e a roupa está lavada. Então uma saída para o tédio são as redes sociais e os apps de comunicação.

Por falar em apps de comunicação, nessa época de enclausuramento os grupos do Whatsapp se tornam uma boa saída para se passar o tempo. E nesses grupos sempre rolam vídeos pornôs essas charadas, imagens polêmicas e afins.

Esse rodeio todo é apenas para falar que hoje estamos solucionando uma pergunta polêmica e esta veio direto do Whatsapp, não sei quem formulou, só sei que peguei no grupo Drift Club Ressurection.

Pois bem, sem mais enrolação, vamos a pergunta:

A idade do pai é o triplo da idade do filho, sendo que o filho é 22 anos mais novo do que o pai.

Qual a idade do pai?

Qual a idade do filho?

Essa questão é interessante, porém o que ela tem de interessante ela tem de simples.
Para resolver ela, basta um simples jogo de sistema de equações.

Vamos a solução:

Chamando a Idade do Pai de X e chamando a Idade do Filho de Y, temos que:

A idade do pai é o triplo da idade do filho, pode ser escrito como:

X = 3Y

E esta equação pode ser escrita:

X - 3Y = 0

O pai é 22 anos mais velho que o filho, pode ser escrito como:

X = Y + 22
(Aqui eu já resolveria o sistema apenas substituindo o X na equação anterior)

Já esta equação pode ser escrita como:

X - Y = 22

Com isso, temos duas equações lineares com duas incógnitas e para resolver um sistema assim é garapa demais.

Então vamos resolver isso. Primeiramente vamos colocar as duas equações uma acima da outra para facilitar a visualização.

X - 3Y = 0 (Eq. 01)
X - Y = 22 (Eq. 02)

Agora, pegaremos a Equação 01 e multiplicaremos esta por -1:

-X + 3Y = 0 (Eq. 03)

Pegando agora a Equação 02 e somando com a Equação 03:

X + (-X) - Y + 3Y = 22 + 0
2Y = 22
Deste modo:

Y = 22/2
Y = 11

Descobrimos o valor de Y, para descobrir o valor de X, basta substituir o valor de Y em qualquer uma das equações. Aqui vamos substituir na Equação 02.

X - 11 = 22
X = 22 + 11
X = 33

Então, sabendo que:

X = Idade do Pai = 33 anos, e
Y = Idade do Filho = 11 anos.

Solucionamos a questão.

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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Qual é o código certo?


Salve, salve tripulantes dessa nave louca. Beleza?... Estamos aqui para solucionarmos mais uma imagem polêmica que roda as redes sociais... Mentira!! Essa eu peguei de minha girlfriend, que pegou do grupo da família dela no batizado.

A questão da vez é descobrir o código secreto de três dígitos que vai abrir aquela fechadura digital moderna comprada no Aliexpress. Eu abriria na base do chute, tipo uma vez que minha mãe se trancou no quarto dela e não conseguia abrir a porta, entrou em desespero e começou a chorar e gritar, na época eu estava fazendo autoescola para tirar a CNH e cheguei em casa a rua já estava cheia, mas, isso é uma outra história.

Pois bem, vamos ao que interessa que é desvendar esse código.

A solução dessa parada é bem simples, percebam que ao lado de cada linha de três dígitos temos uma afirmativa, com base nessas afirmativas, basta fazer aquela boa e velha eliminação. Vejamos:


A primeira afirmativa diz que temos na primeira linha de dígitos, um número correto e no lugar certo. Porém, apenas com essa afirmação, não podemos deduzir, nem eliminar nada.

Vamos então para a segunda afirmativa que diz: Um número correto, mas, no lugar errado.

Com essa, já conseguimos realizar uma eliminação, que é do número 5. Aí vocês devem estar se perguntando o porquê?...

Porque as duas primeiras afirmativas vão de encontro. Vejamos, considerando o número 5 correto, a primeira afirmativa diz que ele está correto e no lugar correto, já a segunda afirmativa, diz que ele está correto, porém no lugar errado, ou seja, uma afirmativa nega a outra, com isso facilmente podemos inferir que o número 5 não é um número desse código.

Então vamos, marcar um X no número 5 como sinal de sua eliminação.


Pronto... Agora vamos dar sequência.

Percebam que agora não podemos realizar mais nenhuma eliminação com base nas duas primeiras afirmativas, com isso, vamos a terceira afirmativa para ver o que pode ser eliminado.

A terceira afirmativa diz: Dois números corretos, mas, no lugar errado.

Como só temos o 8 e 7 nessa linha, já que o 5 foi eliminado anteriormente, encontramos dois dígitos do código e suas respectivas posições. Novamente vocês devem estar se perguntando: como?...

Bem fácil, olhemos ao número 8 e voltemos a primeira afirmativa que fala que temos um número correto e na posição correta. Sabendo agora que o número 8 está no código, e na primeira afirmativa ele aparece na terceira coluna, de acordo com a afirmativa dessa linha ele está correto e na posição correta.

Com isso, vamos marcar o número 8 no seu local espaço de fala direito.


Agora vocês devem estar: "Mas, Deniezio, você disse que encontramos dois dígitos do código que seria o 7 e o 8 e suas respectivas posições. A posição do 8 entendemos, mas, e a do 7?"...

Calma filhotes, irei explicar a posição do 7 agora.

Vamos a terceira linha de dígitos, nela fala que temos dois números corretos, porém em posições erradas, certo?... Então deduzimos que estes números seriam o 7 e o 8, certo?... De acordo com a primeira afirmativa o dígito 8 ocupa a terceira coluna, certo?... Assim, se na terceira linha, o número 7 ocupa a segunda coluna e nesta posição ele estar errado, só sobra então a primeira coluna para o número 7.

Assim, vamos colocar o número 7 em sua posição no código.


Com o que já sabemos, temos mais um número eliminado que é o número 4.

Vejam a primeira afirmativa: Um número correto e no lugar correto. Como o número correto é o 8, os demais números dessa primeira linha estão errados, o 5 já tínhamos provado, agora o 4 também vai para o ralo.


Pôôôôis* bem, vamos dar sequência para descobrirmos o último dígito do código que está faltando.

Vamos então para a quarta afirmativa que diz: Nada está correto. Isso me lembrou meus resultados em cálculo 2 na graduação.

Com essa afirmativa, eliminamos os dígitos 1 e 6, essa é totalmente autoafirmativa.


Pronto... Agora para cumprir tabela, vamos a quinta afirmativa que diz: Um número correto, mas, no lugar errado.

Bem, nessa linha só temos sobrando o número 7, e já sabemos que a sua posição não é essa, então, essa afirmativa condiz com o que já sabemos.

Agora resta desvendar qual é o dígito do meio do código, entre os que sobraram 0 e 3.

Para descobrir quem é o certo, basta irmos novamente a segunda afirmativa que diz: Um número correto, mas, no lugar errado.

Vejamos, se considerarmos o número 3 como correto, vemos que a afirmativa fica irredundante, pois se o dígito 3 fosse correto, ele estaria numa posição errada, assim, ele deveria estar ou na primeira ou terceira coluna, porém sabemos que estes espaços serão ocupados pelos dígitos 7 e 8 respectivamente.

Com isso, nos sobra o dígito 0, que sabendo que o mesmo é correto e lendo a segunda afirmativa, fica plenamente encaixado, já que na segunda linha ele ocupa a terceira coluna, que no caso, é a sua posição errada.

Assim, eliminamos o dígito 3 e colocamos o número 0 no código, ficando como solução dessa bagaça a sequência:

7, 0, 8


Agora é só reler todas as afirmativas e ver que tudo está condizente...

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