Como primeira postagem no blog, irei passar um pouco de minha experiência com a lesão no Tendão Calcâneo, popularmente chamado de Tendão de Aquiles, no caso, a Ruptura do Tendão de Aquiles que tive.
Bem diferente da maioria das pessoas que sofrem essa lesão, fazendo alguma atividade que exige esforço físico dessa parte do corpo, a minha foi em um acidente de moto e algo cortou por totalidade essa peça fundamental no funcionamento da movimentação do pé.
Pois bem, dia 29 de setembro de 2011 eu estava em casa e tinha uma pelada na quadra do setor de esportes da UFPI (Universidade Federal do Piauí), então na Br-343 único acesso de minha residência a universidade acabei por receber uma colisão de uma Hillux que ao tentar ultrapassar outro carro, não viu que tinha uma BROZ 150, Modelo 2005 nº de Chassi... zoeira, vindo no sentido contrário, ao perceber a manobra da pessoa da Hillux até tentei desviar mas, não consegui e recebi o impacto, saquei da moto, cai feio, ao tentar me levantar para pegar a moto não consegui pisar no chão, até pisei, mas, o pé não respondeu e eu cai e a pessoa da Hillux do jeito que me derrubou continuou e foi embora, não prestou socorro. Pois, bem, depois do martírio de 3 horas esperando o SAMU, fui levado a um hospital, mesmo pedindo para me levarem em outro, pois eu tinha plano de saúde e então jogado em uma maca e fiquei lá mofando até que minha mãe chega e me tira de lá e me leva para o hospital que realmente era para terem me levado logo, pelo fato da demora, o ortopedista que estava de plantão, após analisar minha perna direita e verificar que o tendão tinha sido dilacerado por algo (foi tipo "101%"), mas, falou que só faria a cirurgia no dia seguinte, pois como já tinha demorado muito tempo para que eu chegasse no hospital, e eu já tinha perdido muito sangue era melhor que eu ficasse a noite sedado e pela manhã, eu faria a mesma. Assim, dia 30/11/2011 passei por cirurgia, que durou mais de 6 (seis) horas, e depois de ficar 3 dias no hospital em observação, fui para casa, cheio de recomendações do que fazer e do que não fazer. Então, o pé estava no gesso em uma posição chamada de equino, ou seja, com o gesso assim, não tem muita coisa que se possa fazer, mas, o que não fazer tinha muitas, coisas como: Não colocar, o pé no chão; Não forçar a perna; Cuidado ao banhar, etc.
Assim, sete dias após a cirurgia voltei ao médico e ele mandou abrir uma janelinha no gesso, onde por ele seria feita a assepsia do ferimento da cirurgia e assim foi feito durante 1 mês e meio até retirada do gesso, e colocada da bota ortopédica (robofoot).
Mesmo já usando a bota ainda não podia pisar com o pé no chão, no caso o pé direito no chão que foi o que teve o Tendão de Aquiles lesionado. Mas, mesmo sem poder pisar no chão, já fui liberado para fazer fisioterapia e assim comecei a fazer.
Então vamos fazer um retrospecto:
Dia 29/09/2011 sofri o acidente e e tive a Ruptura do Tendão de Aquiles (Total);
Dia 30/09/2011 fiz a cirurgia;
Dia 30/09/2011 fiz a cirurgia;
Fiquei internado até 02/10/2011;
Dia 10/10/2011 retornei ao médico para abertura da janela no gesso para limpeza do curativo;
Dia 14/11/2011 retirei o gesso e coloquei a robofoot.
Dia 26/12/2011 comecei a fisioterapia.
Tudo estava na tranquilidade, exceto por um problema, o corte no meu pé onde o correu o corte e foi feito a cirurgia não cicatrizava e para piorar, meu organismo não quis saber dos pontos internos que eram para ficar lá, assim começou a expulsar todos, na foto abaixo vocês podem ver como ficou meu calcanhar na época.
Ao falar com meu ortopedista, ele então, indicou que eu falasse com um cirurgião plástico para fazer enxerto de pele nesse local, mas, ao falar com o cirurgião plástico, o mesmo disse que era muito pequeno e que não compensava fazer uma cirurgia o mais recomendável era retirar os pontos, caso eles não fossem necessários e que após falar isso com meu ortopedista e ele falasse que não poderia retirar os pontos, então eu voltaria a falar com ele para então marcarmos a cirurgia para enxertar pele aí. Só que depois de "ziguezaguear" o hospital (graças era tudo na mesma clínica), falar com o ortopedista, falar com o cirurgião plástico e retornar ao ortopedista, num intervalo de 45 min, ele optou pela retirada dos pontos e assim foi feito, em três vezes, pois de primeira não saiu tudo.
Depois de várias e várias sessões de fisioterapia, o meu médico (ortopedista) finalmente liberou para que eu começasse a colocar o pé no chão, isso já era Janeiro de 2012, agora imagina, o cara que sempre foi atleta, sempre praticou algo, da natação ao karatê e o futebolzinho sagrado, ficar andando de muletas, não poder colocar o pé no chão durante 3 meses, foi horrível não nego, mas, era o jeito.
Essa foi a mais leve que tinha, não ia postar uma foto gore aqui né.
Após retirar os primeiros pontos internos.
Após retirar tudo e já cicatrizado.
Depois de várias e várias sessões de fisioterapia, o meu médico (ortopedista) finalmente liberou para que eu começasse a colocar o pé no chão, isso já era Janeiro de 2012, agora imagina, o cara que sempre foi atleta, sempre praticou algo, da natação ao karatê e o futebolzinho sagrado, ficar andando de muletas, não poder colocar o pé no chão durante 3 meses, foi horrível não nego, mas, era o jeito.
Depois que comecei a dar os primeiros passos, foi só alegria, pois semana a semana eu estava caminhando melhor e me livrando da robofoot e das muletas, no final de 120 sessões de fisioterapia, fui liberado, foram muitas horas e horas de gelo, muito taser (aquele choquinho maroto), muito ultrassom (um aparelho lá que ele colocavam um creme estilo Gelol e ficavam passando em meu tornozelo e calcanhar) e muito, mas, muito exercícios de fortalecimento, de equilíbrio.
Após a liberação da fisioterapia, eu ainda estava mancando e isso ainda me acompanhou por uns três ou quatro meses e foi sumindo aos poucos até não mais mancar. Mas, o que mais preocupava era, quando eu iria criar coragem para voltar a fazer minhas atividades físicas, quando ia ter coragem de jogar bola, quando voltaria a lutar essas coisas, pois bem, criei coragem e joguei bola (Acho que estava com quase um ano do acidente), medo maior do mundo, joguei duas partidas de 10 minutos e parei, não foi um jogo que se diga: nossa que jogaço, mas, foi um jogo bom.
O tempo passou e hoje, 03/09/2015 a perna direita não é problema, já voltei a fazer tudo que fazia antes, sem problemas algum, jogo praticamente todo fds e no meio de semana quando aparece lugar para jogar eu jogo, aqui ali eu puxo um treino de luta e na academia todo dia corro de esteira e a perna está 100% de novo.
Então para quem está passando por essa experiência não muito boa com a Ruptura do Tendão de Aquiles, só digo que tenham paciência, respeite os limites impostos pelos seus médicos e quando começar a fisioterapia sempre tente superar o dia anterior.
Para finalizar vou postar algumas fotos onde mostra que eu já voltei a jogar bola normalmente.
Nessa foto sou o que está com a mão no chão.
Sou o segundo da direita para esquerda do time de branco.
Sou o mais alto.
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Parabéns guerreiro
ResponderExcluirFui no google pesquisar sobre tendões e ligamentos para uma prova de biologia e acabei no seu blog (risos).
ResponderExcluirOlá. Boa noite. Quero tirar uma dúvida. Vc fez nova cirurgia de retirada dos pontos,ou foi no consultório?
ResponderExcluirnossa to passando por isso é terrível
ResponderExcluirmas com lendo sua experiência fico mais aliviada e sei que logo vpu ficar bem ...
Nossa, estou passando pelo mesmo problema, ontem fez 5 meses que fiz minha cirurgia, a ferida não cicatriza, minha linha cirúrgica também estava saindo, cortaram e me encaminharam para o cirurgião plástico. Agora, novamente estou ansioso para minha recuperação.
ResponderExcluirBom dia que história linda estou passando pela mesma situação , só que sou diabética fico muito preocupada mas eu vou sair dessa se Deus quiser 🙏🏼.
ResponderExcluirParabéns pelo esforço ...não voltei a andar ainda mas sua história me motivou...muito obrigado...
ResponderExcluirTive o mesmo problema em 2018 rompi, muito não relatam, mas o tipo do material (fio de sutura) é muito importante, pois pode haver rejeição. Operei duas vezes, a primeira para suturar e 1,5 ano meu organismo começou a rejeitar os fios, não fiquei igual ao seu, mas para que é ativo e prática esportes é uma eternidade, falem com seu medico a respeito do fio a ser usado.
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