O Mestrado Acadêmico ou simplesmente Mestrado, é um curso stricto sensu que torna mais profundo o aprendizado da graduação. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre um tema de interesse acadêmico e estimular a reflexão teórica. É voltado, em princípio, para quem pretende crescer no circuito acadêmico, como professor ou pesquisador. Mas nada impede que quem atua no mercado encontre no mestrado acadêmico meios de adquirir e aprimorar competências relevantes para o exercício da profissão. Só depende do conteúdo e do enfoque do curso (Guia do Estudante).
Após essa definição de Mestrado, vamos falar do meu Mestrado.
Pois bem, quando iniciei a graduação o mercado de trabalho estava a todo vapor para as áreas de Engenharia, até mesmo para a minha que é bem desconhecida por grande parte da população: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura.
Porém, com o passar dos primeiros semestres, a coisa foi mudando de rumo, as notícias começaram a não animar e o resultado era de muitos profissionais formados e pouca oportunidade de emprego.
Assim, vendo essa situação alarmante, lá pelo meu quarto ou quinto período eu decidi que queria fazer mestrado, mesmo sem saber quase nada do que seria um mestrado, porém sabia que com um mestrado eu poderia ser professor e isso para mim era bastante interessante.
Foi aí que em 2016, ano em que viria a me formar, decidi prestar o Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação da Universidade Federal de Pernambuco, devido ao fato de ter alguns professores meus oriundos desse programa.
Então, para a seleção do mestrado de antemão são necessários algumas coisas dentre elas um Pré-projeto que no caso eu não tinha e nem fazia ideia do que fazer. Eis então que no Edital de Seleção, tinham as linhas de pesquisas e os emails dos professores para caso quisesse entrar em contato, e assim eu fiz, prontamente fui respondido e fiz o projeto de acordo com a ideia que me foi dada por este email.
Feito o projeto e enviado três cópias via sedex juntamente a outros documentos, me preparei para a apresentação de defesa de pré-projeto que ocorreria via SKYPE, pois, como sou de Teresina-PI e o Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE (onde fica localizado o Departamento de Cartografia e o PPGCGTG) fica em Recife-PE, tinha essa opção de defender por videochamada.
Realizada a defesa de videochamada, agora era só aguardar o resultado, e ele veio. NÃO PASSEI!!!
Aquela sensação de garganta seca ficou comigo umas duas semanas, mas, eu não podia parar, pois ainda estava no último período da graduação.
Deste modo, me formei e entrei para as estatísticas do governo, aquela lá dos desempregados.
Então vem o ano de 2017, posso afirmar que foi um dos piores anos de minha vida, e novamente faço a seleção do mestrado do PPGCGTG. Como eu falei, estava tudo meio conturbado em 2017 e justamente na época da defesa é que o negócio estava ruim mesmo, e fui pessimamente na defesa de pré-projeto, e novamente NÃO PASSEI!!. Detalhe que era o mesmo que eu tinha tentado no ano anterior.
Interessante é que em 2016, eu fui bem na defesa, porém meu currículo acadêmico era uma porcaria, em 2017 dei um UP no currículo e torei brita na defesa.
Sem chão, eu já não pensava mais em mestrado e começava a ver o que planejar para o ano de 2018, pois iria caçar alguma atividade para realizar.
Foi aí que o ano de 2018 chegou, e na tarde de 23 de Fevereiro recebo um email:
Eu não falei, mas, na seleção de 2017, eu não passei porém fiquei 2 posições após o número de vagas. O universo conspirou e duas pessoas não se matricularam fazendo com que eu entrasse no Programa.
Acho que para mim, as coisas tem que ser difíceis mesmo, no vestibular para "Engenharia de Agrimensura" (já expliquei em outra postagem que quando prestei vestibular o curso tinha apenas esse título) passei em último e no mestrado só não fui o último pois ainda houveram uma ou duas chamadas após a minha.
Respondi o email confirmando o interesse, porém, as aulas já iriam iniciar em março, então tive que correr atrás de lugar para ficar em Recife, eu não tenho nenhum parente em Recife, consegui um quartinho alugado pela OLX no Bairro IPSEP, fui sem nem sequer ver o quarto pessoalmente, fechei os olhos e encarei a parada. Nunca tinha viajado para tão longe de casa e sozinho me mudei para Recife com a cara e a coragem.
Os primeiros dias em Recife eu literalmente tomei um choque de cultura, Teresina comparada a Recife ainda é uma cidade muito pequena. Mas, nada era pior do que não conhecer ninguém na cidade. Porém no primeiro dia de aula, já encontrei uma conhecida de Teresina, e ainda tinham outras pessoas de Teresina na minha mesma turma, no entanto, eu não conhecia nenhum deles mas, isso foi um alívio pois rapidamente fiz amizade com os mesmos.
Deixando a melosidade vamos ao Mestrado. O que fiz é composto por alguns itens obrigatórios para se formar dentre eles estão:
No quesito créditos consegui integralizar todos no primeiro ano, os obrigatórios foram com as disciplinas: Geodésia, Cartográfia e Estatística Aplicada as Ciências Geodésicas. Já os optativos: Teoria dos Erros, Metodologia da Pesquisa e Levantamentos Geodésicos. Ainda paguei mais uma disciplina optativa em 2019: Tópicos Especiais em Geodésia Celeste.
No primeiro ano, o recomendável, é que além dos créditos o mestrando defenda seu projeto, porém, eu já citei que as paradas para minha pessoa costumam ser um pouco mais difíceis. Pelo fato de eu ter sido selecionado após a primeira chamada, em que os orientadores pegam seus orientandos, acabou que fiquei sem orientador, pois o professor que idealizou o meu projeto já estava "cheio" de orientandos. Assim, o programa me colocou com o Prof. Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça. E quem saiu ganhando foi eu. Deste modo, mesmo iniciando outro projeto do zero consegui defender o mesmo em Dezembro de 2018.
O ano de 2019 foi dedicado a escrita da dissertação, embora eu tenha pego uma disciplina, e a realização da parte prática da mesma. O universo conspirou muito a meu favor nesse mestrado, primeiro na aprovação depois na orientação, esta eu irei explicar.
Primeiro que eu não conhecia o meu orientador e o projeto que ele elaborou simplesmente atendia a tudo que eu gosto da minha área, apenas teria que aprender um pouco mais afundo sobre Fotogrametria Digital que de tudo que ele sugeriu para a nossa dissertação, era o que eu menos dominava.
Minha dissertação envolveu métodos de levantamentos clássicos e modernos, com isso, tive que ir ao "campo" várias vezes:
Mais detalhes serão dados sobre as partes práticas quando a dissertação for publicada no site da biblioteca da UFPE, pois aguardo isso para fazer uma publicação aqui sobre a mesma.
Após concluída toda a parte de campo, em Dezembro de 2019 realizei a Qualificação da Dissertação, sendo a penúltima parte de toda essa empreitada.
Para finalizar essa Quest só restava a Defesa da Dissertação, e esta ocorreu no dia 20 de Fevereiro de 2020.
Terminei o Mestrado dentro dos 2 anos, sem prorrogação. Nele aprendi bastante coisa e fiz bastantes amigos.
Após essa definição de Mestrado, vamos falar do meu Mestrado.
Pois bem, quando iniciei a graduação o mercado de trabalho estava a todo vapor para as áreas de Engenharia, até mesmo para a minha que é bem desconhecida por grande parte da população: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura.
Porém, com o passar dos primeiros semestres, a coisa foi mudando de rumo, as notícias começaram a não animar e o resultado era de muitos profissionais formados e pouca oportunidade de emprego.
Assim, vendo essa situação alarmante, lá pelo meu quarto ou quinto período eu decidi que queria fazer mestrado, mesmo sem saber quase nada do que seria um mestrado, porém sabia que com um mestrado eu poderia ser professor e isso para mim era bastante interessante.
Foi aí que em 2016, ano em que viria a me formar, decidi prestar o Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação da Universidade Federal de Pernambuco, devido ao fato de ter alguns professores meus oriundos desse programa.
Então, para a seleção do mestrado de antemão são necessários algumas coisas dentre elas um Pré-projeto que no caso eu não tinha e nem fazia ideia do que fazer. Eis então que no Edital de Seleção, tinham as linhas de pesquisas e os emails dos professores para caso quisesse entrar em contato, e assim eu fiz, prontamente fui respondido e fiz o projeto de acordo com a ideia que me foi dada por este email.
Feito o projeto e enviado três cópias via sedex juntamente a outros documentos, me preparei para a apresentação de defesa de pré-projeto que ocorreria via SKYPE, pois, como sou de Teresina-PI e o Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE (onde fica localizado o Departamento de Cartografia e o PPGCGTG) fica em Recife-PE, tinha essa opção de defender por videochamada.
Realizada a defesa de videochamada, agora era só aguardar o resultado, e ele veio. NÃO PASSEI!!!
Aquela sensação de garganta seca ficou comigo umas duas semanas, mas, eu não podia parar, pois ainda estava no último período da graduação.
Deste modo, me formei e entrei para as estatísticas do governo, aquela lá dos desempregados.
Então vem o ano de 2017, posso afirmar que foi um dos piores anos de minha vida, e novamente faço a seleção do mestrado do PPGCGTG. Como eu falei, estava tudo meio conturbado em 2017 e justamente na época da defesa é que o negócio estava ruim mesmo, e fui pessimamente na defesa de pré-projeto, e novamente NÃO PASSEI!!. Detalhe que era o mesmo que eu tinha tentado no ano anterior.
Interessante é que em 2016, eu fui bem na defesa, porém meu currículo acadêmico era uma porcaria, em 2017 dei um UP no currículo e torei brita na defesa.
Sem chão, eu já não pensava mais em mestrado e começava a ver o que planejar para o ano de 2018, pois iria caçar alguma atividade para realizar.
Foi aí que o ano de 2018 chegou, e na tarde de 23 de Fevereiro recebo um email:
Eu não falei, mas, na seleção de 2017, eu não passei porém fiquei 2 posições após o número de vagas. O universo conspirou e duas pessoas não se matricularam fazendo com que eu entrasse no Programa.
Acho que para mim, as coisas tem que ser difíceis mesmo, no vestibular para "Engenharia de Agrimensura" (já expliquei em outra postagem que quando prestei vestibular o curso tinha apenas esse título) passei em último e no mestrado só não fui o último pois ainda houveram uma ou duas chamadas após a minha.
Respondi o email confirmando o interesse, porém, as aulas já iriam iniciar em março, então tive que correr atrás de lugar para ficar em Recife, eu não tenho nenhum parente em Recife, consegui um quartinho alugado pela OLX no Bairro IPSEP, fui sem nem sequer ver o quarto pessoalmente, fechei os olhos e encarei a parada. Nunca tinha viajado para tão longe de casa e sozinho me mudei para Recife com a cara e a coragem.
Os primeiros dias em Recife eu literalmente tomei um choque de cultura, Teresina comparada a Recife ainda é uma cidade muito pequena. Mas, nada era pior do que não conhecer ninguém na cidade. Porém no primeiro dia de aula, já encontrei uma conhecida de Teresina, e ainda tinham outras pessoas de Teresina na minha mesma turma, no entanto, eu não conhecia nenhum deles mas, isso foi um alívio pois rapidamente fiz amizade com os mesmos.
Deixando a melosidade vamos ao Mestrado. O que fiz é composto por alguns itens obrigatórios para se formar dentre eles estão:
- 24 créditos integralizados, sendo 12 com disciplinas obrigatórias e 12 com disciplinas optativas;
- Defesa de Projeto;
- Defesa de Qualificação;
- Defesa de Dissertação.
No quesito créditos consegui integralizar todos no primeiro ano, os obrigatórios foram com as disciplinas: Geodésia, Cartográfia e Estatística Aplicada as Ciências Geodésicas. Já os optativos: Teoria dos Erros, Metodologia da Pesquisa e Levantamentos Geodésicos. Ainda paguei mais uma disciplina optativa em 2019: Tópicos Especiais em Geodésia Celeste.
Turma de Levantamentos Geodésicos.
No primeiro ano, o recomendável, é que além dos créditos o mestrando defenda seu projeto, porém, eu já citei que as paradas para minha pessoa costumam ser um pouco mais difíceis. Pelo fato de eu ter sido selecionado após a primeira chamada, em que os orientadores pegam seus orientandos, acabou que fiquei sem orientador, pois o professor que idealizou o meu projeto já estava "cheio" de orientandos. Assim, o programa me colocou com o Prof. Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça. E quem saiu ganhando foi eu. Deste modo, mesmo iniciando outro projeto do zero consegui defender o mesmo em Dezembro de 2018.
Defesa de Projeto.
O ano de 2019 foi dedicado a escrita da dissertação, embora eu tenha pego uma disciplina, e a realização da parte prática da mesma. O universo conspirou muito a meu favor nesse mestrado, primeiro na aprovação depois na orientação, esta eu irei explicar.
Primeiro que eu não conhecia o meu orientador e o projeto que ele elaborou simplesmente atendia a tudo que eu gosto da minha área, apenas teria que aprender um pouco mais afundo sobre Fotogrametria Digital que de tudo que ele sugeriu para a nossa dissertação, era o que eu menos dominava.
Minha dissertação envolveu métodos de levantamentos clássicos e modernos, com isso, tive que ir ao "campo" várias vezes:
Posicionamento por GNSS.
Mais detalhes serão dados sobre as partes práticas quando a dissertação for publicada no site da biblioteca da UFPE, pois aguardo isso para fazer uma publicação aqui sobre a mesma.
Após concluída toda a parte de campo, em Dezembro de 2019 realizei a Qualificação da Dissertação, sendo a penúltima parte de toda essa empreitada.
Qualificação da Dissertação.
Para finalizar essa Quest só restava a Defesa da Dissertação, e esta ocorreu no dia 20 de Fevereiro de 2020.
Defesa de Dissertação.
Terminei o Mestrado dentro dos 2 anos, sem prorrogação. Nele aprendi bastante coisa e fiz bastantes amigos.
Vale ressaltar que de maio de 2019 a fevereiro de 2020 fui bolsista pela CAPES e essa ajuda financeira foi de grande valia tanto para me manter em Recife como para a execução do Mestrado. E por ser bolsista tive que realizar o Estágio de Docência, neste ministrei a Disciplina de Cartografia Aplicada a Oceanografia para a turma do Curso de Oceanografia da UFPE. Tendo assim minha primeira experiência real com a sala de aula na função de professor no período 2019.2.
Hoje encontro-me em Teresina novamente, agora estudando para um Concurso de Professor Efetivo da UFPI e se tudo correr bem espero mais essa aprovação.
Hoje encontro-me em Teresina novamente, agora estudando para um Concurso de Professor Efetivo da UFPI e se tudo correr bem espero mais essa aprovação.
Para finalizar essa postagem, a única coisa que posso dizer é: Prazer...
Engenheiro Cartografo e Agrimensor
Mestre em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação
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